Gosto muito da cidade que me viu (e vê) crescer e tinha saudades. Saudades de poder andar livremente e poder olhar para os edifícios coloridos e típicos misturados com os edifícios envidraçados e modernos. De sentir a azáfama de uma cidade cheia de vida. Das pessoas a conversar umas com as outras e a desfrutar do que Lisboa tem para dar. Se calhar sou demasiado nova para o dizer, mas acredito que será para sempre a minha cidade favorita.
A pandemia veio tirar vida a Lisboa. Ficou mais pobre. Ruas vazias onde antigamente mal se conseguia passar; lojas fechadas temporariamente - mas por vezes também permanentemente; o novo normal como lhe chamam.
Por outro lado, veio ajudar-me a redescobrir as maravilhas da minha cidade. Como disse, sempre adorei Lisboa. Sempre foi e será a cidade do meu coração. Contudo, já não a fotografava com a atenção de uma visitante há alguns anos. As ruas vazias deram-me essa oportunidade.
Hoje fica aqui um bocadinho do Saldanha. Das minhas zonas favoritas de sempre. Principalmente se for para lanchar ou tomar o pequeno-almoço. O que não faltam são opções e sinto que é uma zona do centro de Lisboa a que toda a gente consegue chegar sem grandes dificuldades.
Agora ir a cafés é difícil e estar com pessoas ainda mais. Embora este seja um cenário infeliz, fez-me olhar para todos os detalhes desta zona de Lisboa com um carinho diferente. Afinal o Saldanha não tem só mil e um cafés e restaurantes incríveis. Tem também edifícios coloridos misturados com tons neutros e outros mais modernos. Tem detalhes de uma cidade antiga, mas modernizada.